Sínodo 2023: Padre Douglas fala ao portal da CNBB

A Equipe de Animação do Sínodo 2023 no Brasil se encontra na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), de 8 a 12 de agosto, com a tarefa de realizar a síntese das contribuições enviadas da fase de escuta realizada pelas Igrejas Particulares. Já quase na reta final do trabalho, a Assessoria de Comunicação da CNBB produziu uma série de entrevistas com os membros da Equipe de Animação do Sínodo 2023 no Brasil que serão publicadas no portal e no canal da CNBB no youtube a partir desta quinta-feira, 11 de agosto.

De acordo com o secretário executivo do regional Leste 1 da CNBB, padre Douglas Alves Fontes, da arquidiocese de Niterói (RJ), membro da Equipe de Animação Equipe de Animação do Sínodo 2023 no Brasil, a equipe de síntese recebeu 251 relatórios, sendo que destes sete são de grupos específicos. Este número de síntese recebidas, de acordo com o padre, confere um caráter de um raio x de todas as realidades eclesiais no Brasil.

Segundo ele, um aspecto que chamou a atenção da equipe foi a própria experiência sinodal e de escuta em cada diocese. “Foi um sentimento unânime das pessoas que manifestarem essa alegria de estarem sendo escutadas. Isto foi muito expressivo em várias situações e relatórios enviados”, disse.

Conselhos paroquiais

Outro aspecto que chamou a atenção da equipe, conforme o secretário executivo do regional Leste 1 da CNBB,  foi a valorização dos conselhos pastorais e econômicos paroquiais. “Este aspecto apareceu nos relatórios de uma forma que as pessoas valorizam estes espaços mas também apontam que nem todos estão implantados nas suas realidades ou não funcionam com a efetividade que eles esperam”, disse.

Outro tema muito recorrente nos relatórios, segundo padre Douglas, foi a atuação e presença das mulheres, dos jovens e das minorias na Igreja. Ele destaca que a realidade do clericalismo na Igreja foi outro elemento muito salientado, fazendo eco às palavras do Papa Francisco, afetando não apenas os clérigos mas também os leigos, o que aponta para a dificuldade de compartilhar e fazer rodízios nos espaços de poder.

“O fato de termos feito um caminho de escuta ampliada, envolvendo além dos padres e bispos, todos aqueles que quiseram participar, já em si é um resultado muito significativo da caminhada sinodal que estamos vivendo no Brasil e vamos continuar a viver. A valorização dos leigos também é uma marca forte da caminhada da Igreja no Brasil que aparece na síntese”, disse.

Ele destaca que fazer parte da equipe nacional lhe permitiu ter uma visão mais profunda da realidade da Igreja no Brasil e perceber que desafios de sua realidade também são enfrentados em outros estados. O documento com a síntese final, de 10 páginas, será apresentado ao episcopado brasileiro na 59ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, como parte do processo indicado pela Secretaria Geral do Sínodo 2023, antes de ser enviado à etapa continental.

Confira, abaixo, a entrevista na íntegra:

Íntegra com foto da CNBB

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