Na Sala Paulo VI, o ícone de um mundo de paz

No L’Osservatore Romano, as histórias dos participantes na audiência geral. A experiência de um grupo de jovens de diferentes religiões e culturas que estão compartilhando um acampamento de verão internacional em memória de Giorgio La Pira.

E se a Sala Paulo VI fosse a experiência e até mesmo um ícone de “um mundo de paz”? Um lugar da proposta “fratelli tutti”?

O diálogo – tecido com a simplicidade dos pequenos gestos e sobretudo com os olhares – entre Francisco e uma criança que se aproximou dele durante a Audiência Geral da manhã de quarta-feira, 17, não seria um ícone?

E não são “caminhos de diálogo e debate para construir um mundo de paz” – como disse o Papa – aqueles percorridos por jovens que fazem a experiência do acampamento internacional organizado em Castiglione della Pescaia, pela Obra florentina “Giorgio La Pira”?

Ortodoxos russos – em particular dois sacerdotes e um catequista vindos de São Petersburgo – junto com imigrantes vindos do Afeganistão, Etiópia e Iêmen. E ainda jovens da África (Madagascar), da América (Peru e Brasil) e da Ásia (China).

Da Terra Santa, depois, os palestinos (muçulmanos e cristãos) e israelenses, e com eles também alusn jovens muçulmanos italianos acompanhados pelo Imã de Florença. A acolher todas essas realidades de braços abertos foi a comunidade da Obra, que remete às intuições muito atuais de La Pira.

A possibilidade concreta de que pessoas de diferentes religiões e culturas possam viver juntas promovendo a paz é o compromisso, não apenas em palavras, que esses jovens quiseram testemunhar ao Papa na manhã de quarta-feira.

Owda Alhadlin, palestiniana de Hebron, diz: «No campo vivemos juntos, mesmo sendo de religiões diferentes: não é difícil se aceite os outros como eles o aceitam». E assim nascem grandes amizades que levam à verdadeira paz: “Esta experiência mudou muito a minha personalidade e gostaria que acontecesse em todos os lugares do mundo onde as pessoas de diferentes religiões pensam ser inimigas”.

Não há nada de improvisado nesses diálogos fraternos, destaca Gabriele Pecchioli, presidente da Obra Giorgio la Pira: “Continuemos pelo caminho traçado por La Pira, que centrou sua ação política pela paz na tríplice família de Abraão – judeus, cristãos e muçulmanos – e em franco diálogo com a Rússia, nos anos complexos da “Cortina de Ferro”».

Particularmente significativa na Sala Paulo VI a presença das religiosas capitulares da Congregação das Irmãs da Imaculada, que o Papa Francisco disse conhecer bem porque colaboraram com ele na Cúria de Buenos Aires. Evangelização, especialmente dos jovens, e o serviço aos mais vulneráveis ​​são as pedras angulares do carisma desta Congregação feminina.

Por Giampaolo Mattei
Foto: Vatican Media

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