Em meio aos constantes pedidos para não fazer fotos, e agilizar os passos em função da segurança, uma exceção foi feita para Carmela e ela passou à frente, como foi feito muitas vezes durante as Audiências Gerais de quarta-feira, quando o Papa a via aparecer na Praça São Pedro ou na Sala Paulo VI e abria os braços, exclamando: “Aqui está ela!”. Carmelina caminha lentamente, coloca as flores de lado e, com a mão na boca, chora ao contemplar a luz suave que ilumina a cruz do Bom Pastor e se reflete na inscrição Franciscus gravada no mármore.
Juntos em oração
O Papa, que ela foi uma das últimas a conseguir saudar fora da Basílica de São Pedro no Domingo de Páscoa, durante o giro no Papamóvel, ato conclusivo da vida de Jorge Mario Bergoglio, está sepultado ali desde o último sábado sob aquele mármore proveniente da Ligúria. “Posso ficar aqui um pouco?” pergunta a senhora das flores amarelas, unindo-se às Vésperas que os mais de 110 cardeais reunidos em Roma rezaram esta tarde na Basílica Liberiana. Foi decidido na Congregação Geral, na sexta-feira passada, organizar um momento de oração “não programado” para prestar homenagem ao Papa.
Por Salvatore Cernuzio – Vatican News