A associação dos “Doutores da Alegria” transita pelos campos da saúde, da cultura e da assistência social, com profissionais formados em Artes Cênicas.
Eles se vestem de palhaço e as histórias sempre acontecem assim: “Em um dos quartos do Instituto da Criança nós conhecemos. A., 14 anos, sentada na cama, desenhando e ouvindo música, e T., 5 anos, em seu berço”.
Quando o pequeno os viu, começou a gargalhar: ele ficou eufórico, dançando e apontando para o meu cavaquinho.
– Toca, toca! – Ele pedia.
No leito ao lado, uma menina olhou a bagunça e voltou a desenhar. Foram se aproximando lentamente, cantando, e incluíram o seu nome na música a fim de estabelecer uma relação. Mas a menina seguia indiferente, enquanto o menino ria.
Só quando a mãe chegou, percebeu-se que elas conversavam através de libras – a língua brasileira de sinais – e tudo fez sentido. A menina era surda. Era uma questão de comunicação: como tocar e cantar para alguém que não escuta?
A descoberta trouxe uma nova interação: eles utilizaram o lápis colorido da mão dela como varinha mágica. A menina foi rindo e se empolgando. Depois de muita bagunça, ela ainda estava com fones de ouvido. A mãe explicou que, apesar da deficiência, ela gostava da vibração que o som emite e consegue absorver o ritmo.
– Ela acaba ouvindo de outra forma! – disse a mãe.
Então, eles pediram que a menina colocasse uma de suas mãos no cavaquinho e começaram a tocar. Ela abriu um sorriso, sentindo a vibração e, encantada, olhou para mãe, dizendo com sinais:
– Eu estou sentindo, mãe! Estou sentindo!
A mãe começou a dançar e todos na enfermaria dançaram juntos.
Mais uma vez, era só uma questão de comunicação. Para tudo acontecer é preciso sempre se colocar no lugar do outro e vibrar com ele.
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