Arquidiocese ganha três novos sacerdotes para fortalecer a ação evangelizadora

No sábado , dia 21 de outubro, os diáconos Eloy Rodrigues Maia do Nascimento, Hugo dos Santos Nascimento e Rafael da Silva Pinheiro receberam, por imposição das mãos do Arcebispo de Niterói, Dom José Francisco , o sacramento de total entrega e serviço a Deus. A cerimônia aconteceu, na Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Pacheco – São Gonçalo. Esses sacerdotes passam, agora , a fortalecer a ação evangelizadora do clero da Arquidiocese de Niterói.

Foram nove anos de estudo e dedicação, no Seminário São José, onde houve preparação intelectual, comunitária, pastoral e missionária.

A cerimônia contou com a presença do Bispo Auxiliar, Dom Geraldo de Paula; do Arcebispo Emérito, Dom Frei Alano; do Vigário Geral, padre Carmine Pascale; de presbíteros do clero arquidiocesano.

Centenas de paroquianos, familiares e amigos que acompanharam a trajetória dos diáconos, prestigiaram e testemunharam esse momento da concretização do sonho de Deus para as vidas dos neossacerdotes: Rafael, Eloy e Hugo.

Durante a homilia, Dom José Francisco disse que “como PASTORES, eles recebem a missão de reunir a família de Deus, apontando o caminho de Jesus, indo em busca das ovelhas que se desviaram, defendendo as ovelhas mais fracas, chamando as pessoas para a vivência no amor sincero a Jesus Cristo e na Igreja. Por isso, o padre tem três tarefas importantes: anunciar a Palavra de Deus como PROFETA, celebrar os Sacramentos como SACERDOTE e reunir a comunidade como PASTOR.”

Após o Sermão, e dando sequência, Dom José Francisco, brevemente, falou ao povo de Deus sobre este momento forte na vida da comunidade, bem como sobre o sacramento da Ordem Sacerdotal. E se dirigiu aos ordenandos, admoestando-os e os animando, acerca deste ministério para o qual foram ordenados.

Propósito do Eleito

Após a homilia, os eleitos, em pé, responderam às seguintes interrogações feitas por Dom José Francisco:
– Queres, pois, desempenhar sempre a missão de sacerdote no grau de presbítero, como fiel colaborador da Ordem episcopal, apascentando o rebanho do Senhor, sob a direção do Espírito Santo?
– Queres, com dignidade e sabedoria, desempenhar o ministério da palavra, proclamando o Evangelho e ensinando a fé católica?
– Queres celebrar, com devoção e fidelidade , os ministérios de Cristo, sobretudo , pelo sacrifício eucarístico e o sacramento da reconciliação, para o louvor de Deus e santificação do povo cristão, segundo a tradição da Igreja?
– Queres implorar conosco a misericórdia de Deus, em favor do povo a ti confiado, sendo fielmente assíduo ao dever da oração?
– Queres unir-te cada vez mais ao Cristo, sumo Sacerdote, que se entregou ao Pai por nós, e ser com Ele consagrado a Deus para salvação da humanidade?

O ordenando, ao responder “Quero” , afirmou, publicamente, o propósito de aceitar esses encargos. Em seguida, o eleito, ajoelhado, pôs suas mãos postas entre as do Bispo, e, este o interrogou: “Prometes respeito e obediência ao Bispo diocesano e ao teu legítimo superior?” Eleito: “Prometo”. Sendo assim, o Bispo concluiu, dizendo: “Deus, que te inspirou este bom propósito, te conduza sempre mais à perfeição”.

Ladainha

O Bispo convidou o povo a rogar a Deus Pai , para que derrame , com largueza, a sua graça sobre este seu servo, que Ele escolheu para o cargo de presbítero. O eleito se prostrou, como sinal de sua total entrega a Deus. E, durante a ladainha, segundo o n.155 do Pontifical Romano, se for domingo e no tempo pascal, os demais permanecem de pé, e nos outros dias, de joelhos.

Terminada a ladainha, o Bispo, de mãos estendidas, rezou:

“Ouvi-nos, Senhor, nosso Deus, e derramai sobre este vosso servo a bênção do Espírito Santo e a força da graça sacerdotal, a fim de que acompanheis, com a riqueza de vossos dons, o que apresentamos à vossa solicitude para ser consagrado. Por Cristo, Nosso Senhor”.

Imposição das mãos e Prece de Ordenação

Esta parte decorrente é tida como aquela que, no silêncio do coração, o bispo e todos os presbíteros presentes pedem a Deus pelo ordenando. Este permanece de joelhos, em silêncio, enquanto o Bispo impõe as mãos sobre sua cabeça.

Depois do longo silêncio, o Bispo reza ou canta a oração da ordenação, na qual são citadas as principais tarefas do sacerdote. Nessa oração, é lembrada a relação dos setenta mais velhos com Moisés. O sacerdote é descrito, principalmente, como colaborador do Bispo, instrutor da fé e divulgador da palavra de Deus. O pedido mais importante é colocado pelo Bispo, nas palavras: “Dê a seus servidores a virtude sacerdotal. Renove neles o espírito de santidade. Faça, ó Deus, com que eles se atenham ao ofício que receberam da sua mão; que a vida deles seja para todos estímulo e fio condutor. Abençoe, santifique e ordene os servidores pelo Senhor”. A oração transpira o espírito da Primeira Carta de Timóteo. Nela, é dito que o encarregado do ministério deve manter o bem que lhe foi confiado, deve passar adiante , fielmente, o tesouro que recebeu na mensagem de Jesus, nosso Salvador. Já naquela época, o autor da Carta de Timóteo precisava exortar os encarregados pelos ministérios a viverem de acordo com seu serviço. Aquele que é ordenado sacerdote reflete algo sagrado que oferece aos outros (GRÜN, A. 2007, p. 33-34).

Unção das mãos e entrega do pão e do vinho

A última parte do Rito de Ordenação apresenta alguns símbolos, ricos em significado e que indicam o ministério sacerdotal da Ordem.

Terminada a Prece de Ordenação, o eleito, com o auxílio de um ou dois presbíteros, é revestido com a estola sacerdotal e a casula. Em seguida, de joelhos, a palma das mãos do ordenado é ungida pelo Bispo, com o óleo do santo Crisma. Segue-se a seguinte oração: “Nosso Senhor Jesus Cristo, a quem o Pai ungiu com o Espírito Santo, e revestiu de poder, te guarde para a santificação do povo fiel e para oferecer a Deus o santo Sacrifício”.

Logo após, o Bispo amarra as mãos do ordenado, e onde for costume, é desamarrada por quem receberá a primeira bênção sacerdotal.

Em seguida, os fiéis trazem o pão na patena, e o vinho e a água no cálice, para a celebração da Missa. O diácono os recebe e os entrega ao Bispo, que os entrega ao Ordenado, ajoelhado diante de si e diz: “Recebe a oferenda do povo, para apresentá-la a Deus. Toma consciência do que vais fazer, e põe em prática o que vais celebrar, conformando tua vida ao mistério da cruz do Senhor”.

Por fim, como sinal alegre de acolhimento ao neossacerdote, o Bispo e o colégio dos presbíteros presentes o abraçam. Segue, então, a liturgia eucarística, quando o ordenado exerce, pela primeira vez, o seu ministério, concelebrando-o com o Bispo e os outros membros do presbitério.

Ao término da celebração, o Bispo estende suas mãos sobre o ordenado e sobre o povo, dizendo:

 

“Deus, pastor e guia da Igreja, te guarde constantemente, com sua graça, para cumprirdes com fidelidade os deveres de presbítero. Amém.

Ele te faça no mundo servo e testemunha da verdade e do amor de Deus e ministro fiel da reconciliação. Amém.

Ele te faça verdadeiro pastor, que leve ao seu povo o Pão vivo e a Palavra de vida, para que cresça na unidade do Corpo de Cristo. Amém.

E a todos vós, aqui reunidos, abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém”.

Por João Dias e Íngrid Bianchini
Fotos: Clerum Photos

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