Com a nomeação de Monsenhor Geraldo de Paula, no dia 19 de outubro, como Bispo auxiliar de Niterói (RJ), acolhendo a solicitação de Dom José Francisco de poder contar com a colaboração de um bispo auxiliar. Durante a reunião do Clero, dia 26 de outubro, foi apresentada a data para a Ordenação Episcopal de Monsenhor Geraldo de Paula Souza, CSSR., no dia 20 de dezembro, terça-feira, às 9h, no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida.
O Setor de Comunicação traz um resumo de como é o Rito de Ordenação Episcopal, para os leitores já se prepararem. A Ordenação será transmitida pela TV Aparecida, Redes Sociais da Arquidiocese e a Rádio Anunciadora. Todos são convidados a se unirem em Oração.
“O Sacramento da Ordem: o Episcopado”
Ordenação é a celebração da Igreja que introduz alguém no Grupo (Ordo) daqueles que são revestidos do Espírito Santo para o serviço messiânico de Cristo à humanidade.
Nesta questão, a Sagrada Liturgia, reformada pelo Vaticano II, exige uma atualização de linguagem.
Em relação às Ordenações
O novo Ritual das Ordenações, que pertence ao Pontifical, não usa mais o termo “sagração” episcopal ou “consagração” episcopal. Tanto para o episcopado, como para o presbiterado e o diaconato, é usado o termo “ordenação”, ligado ao sacramento da Ordem. O Bispo é Ordenante e não Sagrante, Ordenante principal.
Isso tem sua razão de ser. Até o Vaticano II, que se distinguiu como o Concílio do Episcopado, ensinando, claramente, a sacramentalidade do Bispo, a sacramentalidade específica do Bispo, ainda, era questão discutida em Teologia. Além disso, o uso do termo sagração ou consagração, para o Bispo, tem a ver com a coroação e “consagração” dos reis e imperadores. Ao serem coroados, eles eram ungidos. Assim também, o Bispo era eleito e ungido príncipe da Igreja. O rito da unção, na ordenação do Bispo, é de origem tardia.
Ao Bispo é conferido o Espírito principal (o Espírito Soberano), que lhe confere a plenitude do sacerdócio. Ficando bem definido o caráter sacramental do Bispo, o novo Ritual de Ordenação, mudou a terminologia, sendo ela utilizada para os três graus do Sacramento da Ordem. Por isso, também, o novo Ritual de Ordenações apresenta primeiro, a Ordenação de um Bispo; em seguida, a do Presbítero e, por fim, a do Diácono. Esta terminologia se reflete, também, na oração de ação de graças, que se segue à imposição das mãos, que não mais se chama “Oração consecratória”, mas Prece de Ordenação.
O Rito de Ordenação Episcopal
Os ritos centrais da ordenação episcopal, assim como os da diaconal e da presbiteral, são a imposição das mãos e a “Oração consecratória”. Todavia, existem elementos próprios que diferem das outras ordenações. Na episcopal, impõem as mãos todos os bispos presentes, que são concelebrantes na administração do sacramento da Ordem. Depois da imposição e antes da oração, coloca-se sobre a cabeça do ordenando o livro dos Evangelhos, aberto.
O Bispo, ordenante principal, reza toda a “Oração consecratória” e os outros bispos, concelebrantes, rezam juntos a parte central, em que se invoca o Espírito Santo sobre o eleito. O conteúdo da oração, baseado no texto de Hipólito de Roma, é um pedido ao Pai, para que o ordenando obtenha o mesmo Espírito de governo que Jesus recebeu e transmitiu aos seus apóstolos, para a edificação da Igreja.
Por João Dias
Fonte de apoio: Silvonei José (Vatican News)
Foto: Arquidiocese de São Paulo