“Amanhã celebraremos o Dia Mundial de Oração pela Criação e o início do Tempo da Criação, que terminará em 4 de outubro, festa de São Francisco de Assis. Que o tema deste ano, ‘Ouça a voz da criação’, possa fomentar em todos um compromisso concreto para cuidar de nossa casa comum. À mercê dos nossos excessos consumistas, a irmã mãe terra geme e nos implora que paremos com os nossos abusos e com a sua destruição.”
Assim, na Audiência Geral desta quarta-feira (31), o Papa Francisco recordou a data comemorativa deste 1° de setembro. O Tempo da Criação é tradicionalmente um tempo ecumênico inspirado pelo Patriarcado de Constantinopla para unir os cristãos por uma conversão ecológica. Um apelo reforçado pelo próprio Pontífice na sua mensagem para o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação divulgada em 21 de julho, ao exortar a consciência – primeiro – dos fiéis sobre o tema, já que estão expostos a “um antropocentrismo despótico que provocam, por sua vez, as mudanças climáticas”.
Apelo às cúpulas sobre clima e biodiversidade
Daí nasce “o grito amargo” da criação que se lamenta e clama para ser ouvida. O caminho, segundo Francisco na mensagem, é um só: arrependimento e mudança dos estilos de vida e dos modelos de consumo e produção. Por isso uma consciência que – em segundo lugar – deve partir da comunidade internacional através de uma responsabilidade conjunta dos países para se “agir, com decisão. Estamos chegando num ponto de ruptura”, disse o Papa.
O Pontífice, assim, tanto na mensagem para o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação como na Audiência Geral desta quarta-feira (31) fez um apelo extensivo à tomada de decisões prevista para dois eventos promovidos pelas Nações Unidas e programados para o segundo semestre deste ano: a COP 27 sobre o clima, que acontece em novembro no Egito, e a COP 15 sobre a biodiversidade, marcada para dezembro no Canadá: