Nas brigas, as pessoas se esquecem da educação que receberam e dizem coisas que escapam aos padrões civilizados.
Mesmo nesses momentos, há algo na sua postura interior que as protege. Tudo leva a crer que tragam em si alguma lei não escrita, porém obedecida, e que na ausência dessa lei acabem “se engalfinhando feito bichos”. Se o intuito da contenda for afirmar que o outro esteja errado, isso só tem sentido se houver uma clareza prévia sobre o que é certo ou errado. Não é? Essa clareza, em parte, é inata, original de fábrica. Em parte, é social e cultural.
Desde o inverno da civilização, construímos um resguardo interior humano que tem sido nossa capa de proteção. Da mesma forma como os corpos obedecem à lei da gravidade, e os organismos, à lei biológica, os humanos obedecem a uma protetora lei interna, uma Lei Natural. Um objeto não escolhe cair ou não cair. Os humanos, porém, escolhem obedecer ou rejeitar a fronteira clara, entre o certo e o errado, o resguardo dessa primeira lei.
Quem rompe essa fronteira, se expõe, e quebra o pacto social. Nas guerras, por exemplo, as nações quebram esse pacto sem perceber o quanto estavam sujeitas a ele. Nós também fazemos o mesmo.
Porém, quando nos enganamos a respeito do que seja certo ou errado e quebramos esse pacto, isso não produz nenhuma lei nova. Podemos até imaginar um lugar onde “dois mais dois sejam cinco”, mas, mesmo lá, nunca será conveniente considerar, por exemplo, a quebra do pacto social, sem razão, como algo… conveniente.
É a lei natural que nos mostra isso quando nos pergunta o que fazemos aqui. Nossa existência não é uma fruta madura à beira da estrada: ela faz perguntas, ela exige respostas. Se for difícil praticar a arte das respostas, comece pela arte das perguntas. E continue, sempre firme.
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