Quando alguém mergulha no rio caudaloso da filosofia, logo sente falta de um nadador experiente ao lado. É que o amor à sabedoria é simples, mas não é fácil.
Foi ele que levou um certo grupo de homens, os filósofos, a explorar questões fundamentais sobre quem somos ou por que estamos aqui. Convenhamos que não são futilidades de gente desocupada.
Quando menos nos damos conta, estamos envolvidos pelo manto da filosofia. Até nos botecos se faz filosofia para dar conta da vida. Afinal como se diz na filosofia popular: Viver não é bolinho!
E foi para pensar as angústias da vida que as academias e praças públicas da Grécia antiga se tornaram palcos de pensamentos que ainda hoje constituem boa parte das nossas indagações: de que foram feitos o universo e a realidade (Metafísica), como criar um argumento válido (Lógica), como se forma o conhecimento e como nós o adquirimos (Epistemologia), o que significa a arte e a beleza (Estética), qual é o papel dos governos e dos cidadãos (Política), como se conduzir para não jogar no lixo essa experiência humana única e intransferível chamada vida (Ética).
Perceberam? Isso não é “filosofia de boteco”! Com todo respeito, é claro, à filosofia e ao boteco!
Veja bem! Quando você assiste o filme Matrix, A Origem, Show de Truman; lê um livro; joga xadrez ou futebol, está delimitando, naquele momento, um pensamento explícito ou subjacente, mas sempre filosófico.
Se algum dia você pensou que nunca seria capaz de entender filosofia, pode até se surpreender: ela está enroscada na sua vida como galhos de videira se engavinham por onde passam. E, por onde passam, distribuem seus frutos generosos.
É assim, a filosofia: sempre pronta a matar a sede!
Como um rio caudaloso.
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