Ainda há quem acredite que os primeiros discípulos queriam apenas proclamar fraternidade e amor entre os homens. Nesse sentido, a morte e a ressurreição de Cristo seriam apenas o catalisador da mensagem. Porém, nas narrativas de Lucas e Paulo, a questão controversa era a de que os apóstolos proclamavam ao povo a ressurreição dos mortos.
O centro da mensagem dos discípulos era ocupado pelo testemunho da Ressurreição. Seria falso o testemunho deles? Realmente, teriam roubado o corpo para produzir uma fé numa suposta ressurreição? Mas mesmo que tivessem enganado o mundo, não teriam reconhecido em si próprios que o que pregavam era falso? Por que, então, dariam suas próprias vidas, de horrendas formas, se soubessem que a base da sua fé era uma mentira? Pessoas dão a vida por uma causa quando acreditam na causa. O preço que os discípulos pagaram por espalhar a sua mensagem foi alto demais. Você pagaria tal preço pessoal para propagar uma estória falsa?
“Em tudo somos atribulados, perplexos, perseguidos, abatidos nas aflições, nas privações, angústias, açoites, prisões, tumultos, trabalhos, vigílias, jejuns. Castigados, entristecidos, pobres, nada tendo…” (Da Primeira carta aos Coríntios.)
O heroísmo das suas vidas torna impossível que não acreditassem na mensagem que eles mesmos proclamavam.
Mas é o silêncio dos inimigos que fala mais alto. As testemunhas hostis pouco tentaram mostrar que os discípulos estavam errados. Isso fica sublinhado na confiabilidade do testemunho sobre a Ressurreição, apresentada nas sinagogas frente à oposição de examinadores hostis que certamente podiam ter destruído o caso, se os fatos fossem de outro modo.
Nossa dificuldade de entender não invalida o entendimento. Se queremos saber, precisamos ir mais a fundo!
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