Não foram poucas as pessoas convencidas a acreditar na ressurreição de Jesus. Se eu fosse uma delas, ouvindo Pedro e ponderando, se seria possível acreditar naquela incrível mensagem, teria, pelo menos, investido a minha pausa do almoço e ido ao túmulo, para verificar se o corpo ainda estava lá. Se estivesse, tudo terminava ali. Mas essa hipótese não se confirmou e não merece considerações sérias.
Mas, então, o que houve? Os discípulos roubaram o corpo?
Há muitas explanações para o túmulo vazio. Contudo, qualquer explanação para a ausência do corpo também precisa prestar contas da situação que então ocorria: o intocável selo romano no túmulo, a patrulha de soldados guardando o recinto, a pedra enorme cobrindo a entrada, os 40kg da substância para embalsamar o corpo… e a lista continua.
O espaço do artigo não nos permite considerar todos os fatores e cenários para pensar sobre a ausência do corpo, mas a explanação mais popular, naquela época, foi a de que os discípulos roubaram o corpo do Mestre executado, esconderam-no e conseguiram enganar todos os outros.
Não! Não havia como os discípulos roubarem o corpo.
Então, se eles não quebraram o selo, não removeram a enorme pedra e não fugiram com o corpo embalsamado sem deixarem vestígios… E mais. Se conseguiram fazer tudo isso e, desse começo burlesco brotou uma fé religiosa universal, o que aconteceu?
Podemos ainda presumir outros cenários.
Mas todos vão esbarrar nas dificuldades de explicar como um grupo de discípulos abatidos, que fugiu para defender a sua própria vida, quando as autoridades prenderam seu chefe, poderia se reunir outra vez e fabricar um plano para roubar o corpo – um plano que deveria despistar e superar a guarda romana e a do Sinédrio.
Impossível!
Mas, então? …
(Volto na próxima semana.)