Dom Roberto iniciou o nosso encontro com a leitura do Evangelho de São Marcos 9, 2-13 (Transfiguração de Jesus), propondo-nos, através da realidade do Cristo transfigurado, trabalhar na construção de um mundo melhor.
Dando sequência aos tópicos em pauta, se voltou para a mensagem do Papa Francisco, na XXV Jornada Mundial de oração pelo doente, e fez uma análise do crítico panorama no qual nos encontramos, com a volta de doenças antes já controladas, como a febre amarela, a tuberculose e a necessidade de se resgatar o SUS, lembrando sempre de manter a esperança, como nos pede o Papa.
Esperança essa, que também deverá alimentar os desafios da Nova Evangelização, em que se pretende alcançar uma maior expressividade do católico como modelo de virtude e riqueza dentro de um contexto social cada dia mais complexo, promovendo o diálogo e encontrando caminhos, seja para a situação dos indígenas e suas tradições culturais, seja para o bom relacionamento e melhor compreensão da cultura muçulmana.
Caminho esse, que pode ser percorrido com o auxílio de Nossa Senhora, esse é o Ano Mariano, e nos traz à lembrança as aparições de Nossa Senhora de Guadalupe e a conversão dos indígenas, bem como o fato de que os muçulmanos têm um profundo respeito por Maria.
Esse diálogo e caminho também se estende aos luteranos, com os quais estaremos comemorando os 500 anos da reforma, pedindo perdão mútuo, lembrando que a Igreja está sempre se reformando. Contudo, vale lembrar que comemorar é diferente de celebrar, pois ninguém celebra uma separação.
E finalizando sua exposição, Dom Roberto nos exorta que 2017 ainda será um ano de dificuldades, porém como foi ressaltado em nosso encontro, o católico cresce na crise, e como mencionado acima, devemos reforçar a mensagem do Papa, e com fé, vivermos a esperança.
Logo após, os participantes se manifestaram, abordando temas como a privatização da CEDAE, os desafios da Nova Evangelização, e o contraste da profissão de fé de alguns políticos e sua postura como homens públicos.
Ao final da reunião, Dom Roberto fez questão de ressaltar para nós, que a Igreja Católica pensa na política de uma forma diferente de seus irmãos separados. Ela não quer algo que se assemelhe a um estado teocrático. A Igreja acredita e luta por um estado laico, que não professa uma religião específica, descartando a hipótese de um estado laicista, “que tenta impedir a vivência religiosa do povo, especialmente o Cristianismo, com uma ação hostil ao fenômeno religioso e a tentativa de encerrá-lo unicamente na esfera privada”(1). Editor Fabrício Gerolimich
Texto: Pastoral Política com Fé