Com muita alegria recebi em mãos o instrumento de trabalho da 55ª Assembleia Geral da CNBB, com o tema: INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ no processo formativo do discípulo missionário de Jesus Cristo. A Assembleia se realizará em São Paulo, de 26 de abril a 05 de maio de 2017.
Como é o Espírito Santo que conduz a Igreja e aponta novos caminhos, de acordo com a “mudança de época”, os Bispos do Brasil retomaram o que o Documento de Aparecida indicou em 2007: “A iniciação cristã como caminho ordinário para a formação de discípulos missionários”.
Nesse cenário de mudança, a Igreja vive e age, diz o documento no capítulo II.
No início deste ano, ocorreram mudanças de membros da comissão Arquidiocesana e Vicariais. Veio bem a calhar o que o Documento propõe, no capítulo IV:
“A dinamização da Iniciação à Vida Cristã na diocese depende do fortalecimento ou da criação da Comissão Diocesana de Iniciação à Vida Cristã. Dela participam o bispo, alguns presbíteros, religiosas e religiosos, leigas e leigos, mais dedicados à Iniciação. Todos, porém, devem estar conscientes da nova impostação teológica, pastoral e metodológica da Iniciação à Vida Cristã. Não se trata de mudar o rótulo da catequese paroquial, diocesana, e continuar a fazer o que sempre se fazia. Esta conversão pastoral é, sem dúvida, muito exigente e deve abranger a comunidade eclesial inteira e não apenas, como sempre, a catequese e a liturgia. Para isso, obviamente, é preciso comprometer, em espírito de renovação e de unidade eclesial, todos os agentes que lideram as diversas realidades diocesanas. Elas são frutos da multiforme ação da graça, mas devem estar em clima de unidade eclesial, pois se trata, em última instância, de um novo paradigma de Igreja, da sua ação evangelizadora e pastoral, de seu estilo de vida e de como cumprir sua missão no mundo de hoje.
A paróquia, alinhada à organização diocesana, e de acordo com a proposta transformadora da Iniciação à Vida Cristã, há de compor a Coordenação Paroquial de Iniciação à Vida Cristã. Sob a orientação do pároco, a coordenação precisa ser constituída pelos agentes das diversas áreas de ação da paróquia. Pode-se priorizar, por exemplo, catequistas, membros da equipe de liturgia, da pastoral familiar e do serviço à caridade. O que deve prevalecer é a articulação de um novo processo de iniciação, que conduza, continuamente, ao encontro pessoal e comunitário, realmente transformador, com Jesus Cristo. Trata-se de um processo iniciático que também leve ao aprofundamento deste encontro vital, com suas consequências renovadoras da vida das pessoas e da comunidade. Processo que alimente e dinamize uma nova evangelização, em vista de uma nova comunidade de discípulos missionários de Jesus Cristo, a Ele fiel e profeticamente criativa no contexto atual.
A comissão não poderá ficar restrita ao âmbito da catequese, que tem liderado nestes últimos anos, a inspiração catecumenal do processo formativo católico, mas efetivamente abranger o conjunto da vida comunitária da comunidade eclesial inteira. Afinal, o principal esforço de uma comunidade cristã deve ser o de alimentar e dinamizar os que optaram por Jesus Cristo, formam sua Comunidade com Ele se comprometem, e a transmissão da fé às futuras gerações. Enquanto a coordenação for composta apenas por catequistas e a Iniciação à Vida Cristã, for entendida, como até agora, como tarefa apenas da catequese e, em parte da Liturgia, não se alcançará o objetivo de renovação de toda a comunidade paroquial e nem do que se deseja com a Iniciação à Vida Cristã, como geradora e dinamizadora da renovação da Igreja”.
Irmã Inês